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Continuamos nossa série sobre proteção solar.
Estudos demonstraram que o uso de protetor solar nos primeiros anos de vida, reduzia 78% a incidência de câncer de pele durante toda a vida. E o número de queimaduras solares na infância e adolescência, por outro lado, aumentava o risco de câncer de pele no adulto.
Mas qual o melhor fator de proteção a ser usado? Para descobrirmos isso, vamos explicar primeiramente as radiações que atingem a nossa pele e os fatores que interferem nos índices de raios UV.
A radiação ultravioleta representa 10% da radiação solar que atinge a atmosfera. Pode ser dividida pelo comprimento de onda em UV-A (315 a 400 nm) UV-B (280 a 315 nm) e UV-C (100 a 280 nm).
A radiação UV-C é absorvida pelo oxigênio e ozônio da estratosfera, enquanto a UV-B sofre absorção pelo ozônio, mas é espalhada por moléculas e a UV-A sofre menor absorção pelo ozônio.
Os níveis de raios ultravioleta que atingem a superfície dependem, então, de uma série de fatores em conjunto. O primeiro é o ozônio, o principal absorvedor dos raios UV. Infelizmente devido ao uso de gases criados pelo homem para refrigeração, desodorantes e sprays e clorofluorcarbonetos, a camada de ozônio foi sendo reduzida principalmente nas regiões de alta latitude e polos.
A altitude também é importante. Quanto maior for a altitude, menor a camada da atmosfera e maior a quantidade de raios UV que atingem o local. As nuvens também conferem alguma proteção. Em dias de céu claro sem nuvens há uma maior quantidade de raios UV.
A hora do dia e a estação do ano influenciam na quantidade dos raios UV de forma que quanto mais alto o sol estiver no céu, maiores os níveis de UV. Isto porque o caminho reto dos raios é mais curto do que um trajeto de incidência inclinada dos raios. Assim, horários próximos ao meio-dia e no verão, o índice de UV atinge seus valores máximos.
Poluição e partículas presentes na atmosfera interagem com os raios UV, refletindo esta radiação para outras direções e às vezes até absorvem parte da radiação, por incrível que pareça protegendo-nos.
A superfície do solo onde se está também interfere, refletindo a radiação incidente como na neve ou no asfalto, piorando as queimaduras.
Desta forma, a Organização Mundial da Saúde criou o índice de Ultravioleta para orientar a população quanto à necessidade de uso do protetor, sendo mais importante do que o horário do dia.
Quanto maior o valor do índice, pior será o dano solar. É considerado baixo menor que 2, médio de 3 a 5, alto maior do que 6, muito alto maior do que 8 e extremo superior a 11. O uso de protetor solar já está indicado em níveis acima de 3. Em casos extremos recomenda-se não sair ao sol.
Na próxima publicação continuamos nossa série sobre fotoproteção. Fiquem com Deus e até lá.
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