segunda-feira, 7 de setembro de 2015

A última gota d’água


Foto de Portugal
 Alguém de São Paulo quando passa e fica parado no trânsito nas Marginais já reparou no rio? A maioria das pessoas fecha a janela pelo cheiro ruim e nem olha para o rio.

 Nós somos cerca de 70% feitos de água. Água é a molécula mais importante do nosso corpo e não damos o devido valor a ela, de onde vem e o quanto a usamos.

 Infelizmente até hoje houve uma cultura do desperdício, porque não somos informados o corretamente de sua falta e mantemos a impressão de que nunca acabará a água.

 O nosso consumo de água por pessoa é de 140 a 200 litros por dia, enquanto a ONU fala em consumo ideal de 100 litros por dia.

 Em estados de crise de água a população faz o seu papel de economizar, mas basta alguma chuva para esquecer-se de poupá-la e voltamos ao desperdício.

 No Estado de São Paulo 60% da água disponibilizada é perdida nas redes públicas em encanamentos antigos com vazamentos e 40%  é perdida em ligações clandestinas.

 Além disso, a água se tornou um meio de ganhar dinheiro. Além de aumentar muito seu custo, as ações da Sabesp para investidores nacionais e estrangeiros são muito lucrativas. Então não compensa informar como estão seus níveis.

 Mesmo após as chuvas de março deste ano o seu nível está abaixo do crítico, semelhante ao encontrado no Ceará. Por exemplo, níveis críticos de disponibilidade de água seriam de 1500 metros cúbicos por habitante por ano e temos na região metropolitana níveis de 201 m3/hab/ano. 

 Além de níveis críticos de disponibilidade de água, temos a maior concentração de habitantes nesta região necessitando usar esta pouca água. 

 Mas como com tantos rios grandes percorrendo a região? A resposta é simples: esta água é imprópria ao uso, muito poluída.

 Há projetos de despoluição dos rios Tietê e Pinheiros desde a década de 80 com muito dinheiro gasto e quase nenhum resultado observado.

 Além disso, a ocupação de áreas de proteção de mananciais está prejudicando ainda mais esta água disponível.

 Mas então o quê a população pode fazer antes que a última gota de água se vá? 

 Cobrar das autoridades informação e medidas efetivas e continuar cuidando da água como jóia rara que não pode ser desperdiçada. Economizando mesmo após chover, mesmo quando as notícias de falta d'água desaparecem dos jornais.

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