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Nós
somos cerca de 70% feitos de água. Água é a molécula mais importante do nosso
corpo e não damos o devido valor a ela, de onde vem e o quanto a usamos.
Infelizmente
até hoje houve uma cultura do desperdício, porque não somos informados o
corretamente de sua falta e mantemos a impressão de que nunca acabará a água.
O nosso
consumo de água por pessoa é de 140 a 200 litros por dia, enquanto a ONU fala
em consumo ideal de 100 litros por dia.
Em
estados de crise de água a população faz o seu papel de economizar, mas basta
alguma chuva para esquecer-se de poupá-la e voltamos ao desperdício.
No
Estado de São Paulo 60% da água disponibilizada é perdida nas redes públicas em
encanamentos antigos com vazamentos e 40% é perdida em ligações clandestinas.
Além disso, a água
se tornou um meio de ganhar dinheiro. Além de aumentar muito seu custo, as
ações da Sabesp para investidores nacionais e estrangeiros são muito lucrativas.
Então não compensa informar como estão seus níveis.
Mesmo
após as chuvas de março deste ano o seu nível está abaixo do crítico,
semelhante ao encontrado no Ceará. Por exemplo, níveis críticos de
disponibilidade de água seriam de 1500 metros cúbicos por habitante por ano e
temos na região metropolitana níveis de 201 m3/hab/ano.
Além de níveis críticos
de disponibilidade de água, temos a maior concentração de habitantes nesta
região necessitando usar esta pouca água.
Mas como com tantos rios grandes
percorrendo a região? A resposta é simples: esta água é imprópria ao uso, muito
poluída.
Há
projetos de despoluição dos rios Tietê e Pinheiros desde a década de 80 com
muito dinheiro gasto e quase nenhum resultado observado.
Além
disso, a ocupação de áreas de proteção de mananciais está prejudicando ainda
mais esta água disponível.
Mas
então o quê a população pode fazer antes que a última gota de água se vá?
Cobrar das autoridades informação e medidas efetivas e continuar cuidando da
água como jóia rara que não pode ser desperdiçada. Economizando mesmo após
chover, mesmo quando as notícias de falta d'água desaparecem dos jornais.
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