Com o
envelhecimento natural a pele apresenta várias alterações já a partir da quarta
década de vida.
Diferenças
raciais e individuais existem, mas o envelhecimento é certo e geneticamente
determinado.
Alguns fatores, porém, podem acelerar este ritmo de envelhecimento
como o sol, o tabagismo, o álcool, os radicais livres e alterações metabólicas
como o diabetes.
As
nossas células estão programadas para falhar e há um limite de duração de vida
pré-estabelecido para cada espécie.
Houve, no entanto, um aumento considerável
na longevidade neste século. Da Grécia antiga onde a expectativa de vida era de
vinte anos até os dias atuais, quando esperamos viver até os cento e dez é um
grande avanço.
Mas
voltemos ao envelhecimento da nossa pele.
Com a
idade, há uma diminuição da nossa barreira protetora superficial. A secreção
das glândulas sebáceas diminui na mulher a partir da menopausa e no homem um
pouco mais tarde, mas a pele fica mais seca.
As glândulas de suor também
produzem menos e é por isso que muitas pessoas de 70 anos não precisam usar
mais desodorantes. O fato é que com a pele menos hidratada e sem a camada
gordurosa protetora, o idoso fica mais vulnerável à penetração de substâncias
estranhas pela pele, causando as alergias e coceira.
A
renovação celular é mais lenta e apesar da pele parecer mais fina, ela fica
mais espessa pelo acúmulo de células mortas ou ceratinizadas.
As células da
nossa defesa na pele, chamadas de Langerhans, também diminuem em número. E isto é
prejudicial porque deixam passar algumas alterações como o câncer de pele.
As
células do pigmento ou os melanócitos também estão reduzidos, mas mesmo em
menor número, há alterações de pigmentação como manchas porque produzem este
pigmento de forma desorganizada. Eu falo aos pacientes que eles ficam manchados
nesta idade até sem tomar sol.
Na
camada inferior da pele ou derme o estrago é ainda maior. As células que
produzem o colágeno também ficam preguiçosas e querem se aposentar. Produzem
menos colágeno e fibras elásticas e de um modo caótico, que não fornece
resistência à pele nem ancora mais os vasos sanguíneos. A pele torna-se flácida
e há sangramentos espontâneos formando manchas arroxeadas mesmo sem trauma,
principalmente nos braços e pernas.
Os
corpúsculos de Meissner e Paccini que estavam presentes na pele para ajudar na
percepção de dor e pressão também sofrem redução. O idoso tem menor percepção
sensorial e pode se machucar ou queimar mais facilmente.
Conclusão:
a pele fica pálida, seca, flácida, com aparência de fina e com manchas de
várias cores marrons ou roxas.
Mas isto
não é tudo. O tecido gorduroso abaixo da pele diminui em áreas não desejáveis
como nas bochechas, nádegas, mãos e pés.
Uma boa
notícia é que os pêlos diminuem nas axilas, púbis e pernas. Agora a má notícia:
diminuem também no couro cabeludo e os cabelos ficam mais finos e aumentam em
certas áreas do rosto como o buço e queixo. Nos homens começam a aparecer nas
orelhas e nariz. Sobre os cabelos e pêlos grisalhos nem preciso comentar. Haja
tintura! O problema é que muitas pessoas começam a apresentar alergias às
tinturas por terem uma barreira cutânea menor.
As unhas
tornam-se fracas e quebradiças, sem brilho.
Algumas
áreas do nosso corpo ainda crescem como os lóbulos das orelhas e ponta nasal.
A esta
altura vocês já devem estar desanimados com tantas notícias ruins, não é?
Então
vamos ao melhor da estória. Podemos prevenir o envelhecimento extrínseco ou
ambiental nos protegendo do sol, evitando o fumo, nos alimentando corretamente.
Há muitas vitaminas antioxidantes que combatem os terríveis radicais livres.
Cosméticos para clarear as manchas é que não faltam. Preenchedores seguros e fios de sustentação absorvíveis também.
O
principal é evitar banhos demorados e quentes, evitar buchas e esfoliantes
frequentes, porque removem a pouca barreira protetora da nossa pele nesta
idade. E não se esquecer de um bom hidratante no corpo todo após o banho.
Excelente descrição de fácil entendimento para todos! Gostei.
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