Aprendendo a cuidar dos cabelos
Os cabelos da raça negra são frequentemente
encaracolados, secos e ao contrário do que pensamos, mais frágeis e necessitam
de maiores cuidados pois tendem a se romperem. Eles possuem menos camadas na cutícula
que é a camada externa do cabelo; ou seja, menos proteção aos agentes
agressores.
Além disso, muitas pessoas hoje em dia fazem
tratamentos vários para torná-los lisos e maleáveis, o que fragiliza ainda mais
os cabelos. Os tratamentos químicos danificam a cutícula e substâncias nocivas
podem penetrar mais facilmente, além de perderem a água para o meio e ficarem
mais secos.
Estes tratamentos incluem alisamento térmico
temporário (chapinha), alisamento químico permanente, ondulação permanente,
apliques e prolongamentos, tranças, torções, etc.
Estes cabelos acabam apresentando vários
distúrbios ao longo da vida.
Muitos sofrem de quebra ou falhas no cabelo
por tração. É comum notarmos uma falha nos cabelos ao longo da borda do couro cabeludo, chamada de alopecia de tração, causada
pelo ato de escovar com forte tração para alisá-los. Além disso, penteados que
puxem muito os cabelos como tranças, rabos de cavalo, apliques, "locks" e rolos
de cabelo também podem causar estas falhas.
Alguns apresentam dermatite seborreica, ou a
popular caspa, pelo uso exagerado de géis, pomadas ou cremes gordurosos no
próprio couro cabeludo. O correto seria evitar o calor excessivo da água no
banho ou secadores e não prender os cabelos ainda molhados para evitar o
surgimento de fungos que adoram a umidade. Ainda, não aplicar jamais
condicionador no couro cabeludo, apenas nas pontas e fios.
Outro problema que ocorre com este tipo de
cabelo é a chamada tricorrexia nodosa adquirida, isto é, formam-se nós nestes
cabelos e sobre estes nós eles se quebram. Para evitar que isto aconteça, após
lavar os cabelos é importante o uso de um condicionador próprio nos fios,
preferivelmente composto por proteínas hidrolisadas, queratina, macadâmia, óleos
essenciais hidratantes como o de laranja ou sálvia e óleos vegetais como de
castanha do Pará, jojoba, abacate ou côco. Aplicar também produtos que não
precisam de enxágue, os "leave-in" com silicone que fazem uma película protetora e
óleos essenciais.
Substâncias presentes nos cremes que devem ser
evitadas são o petrotato (petrolatum), parafina (paraffinum liquidum) e óleo
mineral (mineral oil), porque não hidratam verdadeiramente os fios e podem
causar irritações no couro cabeludo. Devemos dar preferência aos óleos vegetais
que possuem ácidos graxos e vitaminas que hidratam e nutrem os cabelos.
Para aquelas pessoas adeptas dos alisantes
químicos, solicitar ao cabeleireiro que aplique uma base sobre o couro cabeludo
antes do relaxante. Sempre utilizar um relaxante mais leve ou fórmula para couro cabeludo sensível e
retardar ao máximo os retoques frequentes. De vez em quando dar umas férias aos
cabelos, preferindo penteados naturais sem química. Penteados leves com os
dedos são os mais indicados.
A hidratação com condicionador ou "leave-in' deve ser diária, mas banhos de creme só uma vez por semana e se possível
reconstrução uma vez por mês. O xampu de preferência sem lauril sulfato de
sódio que é um detergente potente; o condicionador próprio para o tipo de
cabelo ou hidratante, o "leave-in" ativador de cachos e o sérum reparador de
pontas anti- frizz.
Quando bem tratado, o cabelo étnico é maleável
e mais sedoso ao toque e dá um charme todo especial.
Sem comentários:
Enviar um comentário