quarta-feira, 13 de maio de 2015

Zinco é tudo de bom!

 Será que tenho deficiência de Zinco?


  Se você se sente muito cansado, com muita irritabilidade, temperamental, anda tendo muitas infecções, os cabelos estão caindo, com o desempenho sexual fraco, a pele com muita oleosidade ou espinhas, infertilidade, então você pode estar com deficiência de Zinco.
  Algumas crianças apresentam desde a mais tenra idade deficiência congênita de Zinco por um defeito na absorção de Zinco no trato gastrintestinal. Estas crianças têm os cabelos fracos, quebradiços, sem viço, muita descamação na face e ao redor dos orifícios como a boca, dermatite na área das fraldas. Ainda, muita irritabilidade. Esta doença é chamada de Acrodermatite Enteropática.
  Mas indivíduos adultos podem apresentar esta deficiência de Zinco por uma dieta inadequada.


 Funções do Zinco

  O Zinco é um elemento traço essencial para o corpo humano. As crianças necessitam de 3 a 7 mg de Zinco por dia, homens de 10 mg e mulheres 7mg de Zinco ao dia. Gestantes e lactentes 11mg ao dia. Em casos de deficiência congênita estas necessidades são bem maiores.
  Ele atua sobre cerca de 300 enzimas do nosso corpo. Uma de suas funções é estimular nosso metabolismo. A sua carência pode levar a um metabolismo mais lento e uma dificuldade de perder peso.  Algumas enzimas responsáveis pela produção de proteínas necessitam de Zinco e, portanto a construção de músculos, processos de cicatrização, sistema imunológico, pele e mucosas podem ser afetados.
  A pessoa carente de Zinco pode apresentar os três Ds: Diarreia, Dermatite e Dor na boca. Além disso, acne, dificuldade de cicatrização e muitas infecções. Em crianças a sua carência pode levar a um atraso no crescimento.
  Qualquer um pode estar sujeito a esta deficiência e muitos acreditam ser um problema dos vegetarianos, porque o Zinco de origem animal é melhor absorvido do que o  a partir de fontes vegetais. Isto não é verdade. A deficiência de Zinco decorre de um ato de alimentar-se de forma errada.
  Quando o Zinco é reposto na dieta, os cabelos agradecem e param de cair após um a três meses.
  O Zinco ajuda nos processos de desintoxicação do corpo, por exemplo, ao álcool, a metais pesados e na luta contra os temidos radicais livres que causam o nosso envelhecimento.
  Ele é um potente antidepressivo porque é um componente da enzima que entra na produção da serotonina.
  Mesmo na melhor terceira idade, ele colabora para a saúde mental e neurológica. Pacientes com Alzheimer e Parkinson têm níveis baixos de Zinco. Muitas vezes falta também a vitamina D, ácidos graxos ômega três e magnésio, mas começar repondo o Zinco é tudo de bom!
  O Zinco é parte da forma de armazenamento da insulina e muito importante para os diabéticos. Estes pacientes com níveis baixos de Zinco podem apresentar níveis altos de pressão arterial, triglicérides e doença do coração. Ainda, têm dificuldade maior para cicatrizar feridas.
  A falta de Zinco afeta a fertilidade. Diminui a contagem de espermatozóides e a mobilidade deles.
  As gestantes também precisam muito do amigo Zinco, sem ele podem ter mais sangramento após o parto.
  Muitas drogas podem reduzir os níveis de Zinco como medicações para abaixar a pressão, antiácidos, anticoncepcionais, ciclosporina Ainda, cortisona, diuréticos, remédios para o colesterol, tetraciclina e quelantes como o EDTA. Não são só os medicamentos que diminuem o zinco, o álcool também aumenta a sua excreção pela urina. Doenças crônicas como alergias, artrite, diabetes, doença renal, diarreias e  infeccções também.
  Há ainda um distúrbio metabólico chamado de cryptopyrroluria onde a pessoa perde Zinco, Manganês e vitamina B6 pela urina. Pode apresentar-se com enxaquecas, mudanças de humor, fadiga, problemas de concentração, tontura, sono, problemas oculares, alergias e intolerâncias alimentares.


 Onde encontramos o Zinco?

  É normalmente encontrado nos produtos à base de carne e queijo (2-5 mg/100g), cereais(2-4 mg/100g), leguminosas(3,5mg/100g), ostras(8mg/100g), semente de abóbora(7mg/100g), semente de linhaça, de papoula. Frutas e legumes, no entanto têm pequenas quantidades de zinco (0,1 a 1 mg por 100 g).  Eu pessoalmente prefiro as verduras e frutas a comer 100 gramas de sementes de papoula... Mas não é só consumir alimentos com Zinco. Alguns alimentos como a caseína do leite impedem a sua absorção. Nos vegetais e cereais é o ácido fítico que se liga ao zinco e reduz sua absorção. Assim fica difícil, não é?


 Então como melhorar a absorção do Zinco dos vegetais?

  Basta deixar as leguminosas e oleaginosas de molho na água várias horas antes do consumo até germinarem. O processo de germinação ativa a enzima fitase que reduz o ácido fítico. Assim ele não se liga ao Zinco que é melhor absorvido. Para os cereais isto fica complicado, mas já existem flocos de mudas para venda no comércio de orgânicos.
  O cozimento também reduz o teor de zinco, então o correto é jogar a água fervente e não deixar ferver junto com o alimento ou fritar. Farinha e arroz integrais contem mais zinco do que as brancas e arroz polido.

  Um exemplo de dieta com quantidade de 13,6 mg de Zinco:


Café da manhã: Muesli:

50g de aveia embebida em água em 10g de linhaça à noite
20g de amêndoas ou castanha de caju
15g de frutos secos
100g de frutas frescas


Almoço-Smoothie verde:

100g de espinafre
100g de frutas
10g de pasta de amêndoas brancas
Água necessária.
100g Quinoa
100g brócolis
100g cogumelos


Lanche:

30g de sementes de abóboras

Jantar:

100g de pão integral com sementes de girassol
100g de abacate

Se for necessário repor o Zinco através de pílulas o ideal é o Zinco quelado, ou seja, ligado a um aminoácido a glicina, para ser melhor absorvido . O ideal é tomar à noite com um copo de água.

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