domingo, 29 de março de 2015

Existem bactérias boas?

 Disbacteriose


  Nós vivemos numa relação de simbiose com algumas bactérias específicas que habitam a nossa boca, intestino, vagina e pele. As bactérias boas para a nossa saúde são os lactobacilos e as bifidobactérias.
  Se alimentamos as bactérias nocivas ou matamos as bactérias boas e sobra mais alimento para as ruins, ficamos doentes. Estra condição de alteração das nossas bactérias habituais é a disbacteriose. Além da doença, estas bactérias podem dificultar o seu tratamento.
  Quando comparamos as bactérias de uma pessoa saudável com uma doente verificamos que as do doente estão alteradas, portanto, a doença ocorre com a disbacteriose intestinal. Indivíduos obesos também apresentam bactérias diferentes das dos indivíduos com peso normal.


O que esta alteração das bactérias pode causar?

  Cada bactéria tem uma necessidade particular para sobreviver e se multiplicar. Algumas precisam de meio ácido, outras de meio alcalino, algumas de muito oxigênio e outras de pouco oxigênio, assim como os diferentes animais e seus meios ambientes. Assim, se um meio prevalece, uma determinada bactéria se multiplica. Uma pessoa irá determinar os diversos meios para diferentes bactérias no seu organismo dependendo de seu estilo de vida e alimentação. E isto refletirá no seu bem estar e saúde.
  As bactérias amigas (Probióticos) facilitam a digestão e absorção de nutrientes, melhoram nosso sistema imunológico e restringem o crescimento das bactérias E.coli nocivas que produzem toxinas.
  A parede do intestino normal deixa passar apenas os nutrientes e barra as toxinas. Nos casos onde houve esta alteração dos habitantes intestinais, a parede intestinal torna-se permeável a substâncias tóxicas que normalmente não seriam absorvidas. Elas atravessam a parede e ganham a circulação sanguínea chegando até os órgãos.  A partir daí surgem os quadros de alergia, intolerâncias alimentares, doenças crônicas intestinais, doenças reumatológicas, diabetes e até Alzheimer.
Tem início um processo de envenenamento do nosso corpo com os produtos tóxicos. Os rins, o fígado e o baço precisam trabalhar muito mais para eliminar estas substâncias. O fígado e o baço por sua vez sobrecarregados, podem não conseguir executar suas inúmeras funções como a de proteção imunológica.


O que pode desencadear esta alteração?

  O uso de antibióticos, por exemplo, para uma infecção na boca ou na pele pode alterar a flora da vagina e do intestino também.   O uso indiscriminado e prolongado de antibióticos por mais de três meses pode levar à formação de bactérias resistentes no paciente. E o pior é que pode gerar bactérias nocivas e resistentes nas pessoas próximas deste doente também. E assim cria-se esta guerra mundial contra as “superbactérias”.
  Outros fatores da nossa vida diária podem gerar esta mudança das bactérias como o stress crônico, o uso de hormônios e alguns anticoncepcionais, o flúor na água e creme dental, alto teor de açúcar e gorduras na dieta, dieta pobre em vitaminas e minerais, aditivos alimentares e corantes artificiais e resíduos de pesticidas nos alimentos.


Como reconstruir a nossa flora intestinal?

  Infelizmente as bactérias benéficas se recuperam de uma forma muito mais lenta do que as nocivas. Através de uma dieta rica em probióticos de boa qualidade como os Lactobacillus e Bifidobacterium específicos para cada pessoa podemos restabelecer o equilíbrio natural. Por exemplo, o Lactobacillus reuteri é bom para a saúde dentária, gestantes e nutrizes. O Lactobacillus helveticus é bom para infecção urinária ou por um fungo chamado de Cândida albicans. O Lactobacillus rhamnosus GG é usado no tratamento da dermatite atópica e muitos outros que iremos discutindo nas próximas publicações. Além dos probióticos falaremos dos prebióticos que são o alimento para estas bactérias do bem.

1 comentário:



  1. Os produtos probioticos fornecem inumeras bactérias boas para o organismo.

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