Alergia Alimentar
Estão aparecendo alergias a vários antígenos ou alergênicos
alimentares novos e outros distúrbios como refluxo gastresofágico e alterações
no padrão de evacuação como a obstipação ou prisão de ventre.
A maioria das alergias alimentares vem ocorrendo nos países
desenvolvidos. Entre os principais motivos para isso é a teoria da higiene já
falada anteriormente, onde a criança é superprotegida e não entra em contato
com alguns alergênicos ambientais e não desenvolve tolerância a eles. Além
disso, em muitos países a amamentação não está sendo priorizada, porque a mãe
tem um curto período de licença e deve voltar logo ao trabalho. E nós sabemos
que o leite materno tem um papel importante na prevenção das alergias.
As alergias podem ser causadas pela presença de toxinas ou
drogas como aditivos e corantes no alimento, por uma deficiência da pessoa de
alguma enzima que digere o alimento, ou pela imaturidade do aparelho digestório
da criança.
Quando a criança entra em contato com um alimento novo, o organismo
pode seguir o caminho da tolerância ao alimento ou o da sensibilização ao
mesmo. Se o órgão digestório não estiver pronto para isso, ou seja, imaturo, pode
desencadear uma reação alérgica. É por isso que o pediatra vai introduzindo os
alimentos devagar de acordo com a idade do bebê.
Outra causa de alergia é a herança genética ou predisposição
familiar. Ainda, se a pessoa está com a parede do intestino inflamada por algum
motivo como uma infecção, ela fica porosa e deixa passar toxinas que determinam
a alergia.
Alimentos comuns que causam as alergias alimentares são o leite de vaca, a soja , o ovo e o amendoim.
No adulto ainda pode haver alergia alimentar
a crustáceos e peixe. A criança pode ter alergia à caseína ou a proteínas do
soro do leite. Não existe alergia à lactose e sim dizemos intolerância à
lactose porque não é uma proteína específica e sim um açúcar que existe até no
leite materno.
A alergia alimentar pode aparecer como uma urticária
(pequenas bolinhas vermelhas semelhantes a picadas de inseto), dermatite atópica ou eczema na pele, rinite, asma, diarreia persistente,
cólicas, anemia, inflamação ao redor do ânus, inchaço de lábios ou olhos (angioedema)
e inflamação do esôfago ou esofagite com engasgo frequente.
É muito importante nos casos onde foi feito o diagnóstico de alergia ao
leite de vaca a substituição por fórmulas adequadas. Produtos à base de soja
muito conhecidos não são bons. Eles não fornecem os nutrientes necessários ao
crescimento do bebê. O caldo de frango é ainda pior se considerarmos que o
frango também é um alergênico.
Fórmulas infantis com proteína extensamente hidrolisada ou
até fórmulas de aminoácidos podem ser indicadas pelo médico. Mas a forma de
leite ideal ainda é o materno e a indústria de alimentos ainda deverá ter muito
trabalho para conseguir produzir uma fórmula tão completa como ele.
O uso de probióticos na gestante, na mãe que amamenta e mesmo no bebê pode reduzir a chance de
alergia alimentar e as temidas cólicas do recém-nascido.
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