segunda-feira, 6 de julho de 2015

Cólicas do recém nascido

Alergia Alimentar


 Houve um aumento expressivo nas alergias alimentares na maioria dos países.

 Estão aparecendo alergias a vários antígenos ou alergênicos alimentares novos e outros distúrbios como refluxo gastresofágico e alterações no padrão de evacuação como a obstipação ou prisão de ventre.

 A maioria das alergias alimentares vem ocorrendo nos países desenvolvidos. Entre os principais motivos para isso é a teoria da higiene já falada anteriormente, onde a criança é superprotegida e não entra em contato com alguns alergênicos ambientais e não desenvolve tolerância a eles. Além disso, em muitos países a amamentação não está sendo priorizada, porque a mãe tem um curto período de licença e deve voltar logo ao trabalho. E nós sabemos que o leite materno tem um papel importante na prevenção das alergias.

 As alergias podem ser causadas pela presença de toxinas ou drogas como aditivos e corantes no alimento, por uma deficiência da pessoa de alguma enzima que digere o alimento, ou pela imaturidade do aparelho digestório da criança. 

 Quando a criança entra em contato com um alimento novo, o organismo pode seguir o caminho da tolerância ao alimento ou o da sensibilização ao mesmo.  Se o órgão digestório não estiver pronto para isso, ou seja, imaturo, pode desencadear uma reação alérgica. É por isso que o pediatra vai introduzindo os alimentos devagar de acordo com a idade do bebê.

 Outra causa de alergia é a herança genética ou predisposição familiar. Ainda, se a pessoa está com a parede do intestino inflamada por algum motivo como uma infecção, ela fica porosa e deixa passar toxinas que determinam a alergia.

 Alimentos comuns que causam as alergias alimentares são o leite de vaca, a soja , o ovo e o amendoim. 

 No adulto ainda pode haver alergia alimentar a crustáceos e peixe. A criança pode ter alergia à caseína ou a proteínas do soro do leite. Não existe alergia à lactose e sim dizemos intolerância à lactose porque não é uma proteína específica e sim um açúcar que existe até no leite materno.

 A alergia alimentar pode aparecer como uma urticária (pequenas bolinhas vermelhas semelhantes a picadas de inseto), dermatite atópica ou eczema na pele, rinite, asma, diarreia persistente, cólicas, anemia, inflamação ao redor do ânus, inchaço de lábios ou olhos (angioedema) e inflamação do esôfago ou esofagite com engasgo frequente.

 É muito importante nos casos onde foi feito o diagnóstico de alergia ao leite de vaca a substituição por fórmulas adequadas. Produtos à base de soja muito conhecidos não são bons. Eles não fornecem os nutrientes necessários ao crescimento do bebê. O caldo de frango é ainda pior se considerarmos que o frango também é um alergênico.
 Fórmulas infantis com proteína extensamente hidrolisada ou até fórmulas de aminoácidos podem ser indicadas pelo médico. Mas a forma de leite ideal ainda é o materno e a indústria de alimentos ainda deverá ter muito trabalho para conseguir produzir uma fórmula tão completa como ele.

 O uso de probióticos na gestante, na mãe que amamenta e mesmo no bebê pode reduzir a chance de alergia alimentar e as temidas cólicas do recém-nascido.


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