Meditação
A meditação é praticada há muitos anos nos países orientais
com benefícios à saúde física e mental. Ela pode reduzir os níveis de stress e
ansiedade, melhorar nossa imunidade, regular o sono, ajudar a nos conhecermos
melhor e as nossas expectativas de vida. Também é eficaz para reduzir o consumo
de drogas, álcool e fumo.
Cada indivíduo pode realizar a meditação sozinho. Para isto, torna-se necessário relaxar e
desligar-se de seus pensamentos e voltar todas as atenções para a sua respiração,
para um determinado som ou mantra. Sempre que perceber que sua atenção está se
envolvendo com o seu pensamento, deve abandoná-lo. É o que chamamos de atenção
relaxada.
Há várias técnicas de relaxamento, muitas utilizam uma
âncora ou foco de atenção particular. Por exemplo, um som pronunciado ou mantra
ou ainda a respiração. Já a Atenção Plena refere ser importante a atenção a
tudo que ocorre dentro e fora de nosso corpo num determinado momento.
As áreas ativadas do cérebro variam de acordo com o exercício mental e a técnica. Por exemplo, quando estamos concentrados, a área frontal e do tálamo do cérebro estão ativadas (em vermelho na figura) e a parte posterior está inativa. Na meditação estão ativas as áreas frontal ou anterior e a posterior; e o tálamo está inativo (em azul).
Técnicas como a
Ioga, Qigong são exemplos de foco de atenção controlado.
A atenção é focada
num objeto de meditação como a nossa respiração, uma ideia, imagem, ou emoção. As ondas cerebrais registradas são as de concentração ou processamento
cognitivo ativo.
Na
meditação Vipassana e no Zazen, presta-se uma atenção ativa a experiências sem
julgamento. Observa-se uma ativação da área frontal como quando realizamos tarefas
de memória ou de reflexão.
Durante a meditação transcendental não há esforço mental, o
que gera um descanso profundo. Isto porque não há uma tentativa de dirigir a atenção e não há
processamento cognitivo controlado. A ativação da área cerebral é a frontal,
associado a um estado de relaxamento.
Métodos
diferentes trazem diferentes benefícios. As técnicas de concentração são
capazes de melhorar a atenção e as de atenção plena cortam o pensamento
negativo cíclico. Já a meditação sem esforço mental aliviaria o stress.
No início parece uma tarefa impossível, mas com o exercício
diário, o nosso cérebro acaba se acostumando. O ideal é praticar de 15 a 20
minutos diários.
A meditação pode estar vinculada à religião ou não, apenas
como uma prática benéfica à saúde. O principal é libertar-se do preconceito.
Preconceito e resistência existem no nosso país mesmo dentro da própria área
médica. Muitas vezes o preconceito é fruto do medo do desconhecido. Esta
resistência tem diminuído à medida que a técnica tem mostrado resultados
terapêuticos em muitos centros de estudos reconhecidos. O Instituto Nacional de
Saúde nos Estados Unidos é um deles.
Resumindo, meditar traz a sensação não só de relaxamento,
mas ajuda a controlar o foco de atenção, ainda, auxilia no auto-conhecimento.
Pode ser usada para tratamento de diversas patologias como stress
pós traumático, ansiedade, depressão, distúrbios do sono e alimentares, dores
crônicas entre outros.
Vale lembrar que nunca é tarde para começar a meditar. Na
terceira idade, por exemplo, diminui a pressão sanguínea e a arteriosclerose,
aumentando assim a longevidade. Melhora ainda as funções mentais dos idosos por
aumentar a velocidade dos processos cognitivos, a inteligência e a criatividade.
Independente da técnica adotada,o importante é atingir os
benefícios à saúde.
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