quarta-feira, 22 de abril de 2015

Meditar para curar

 Meditação


  A meditação é praticada há muitos anos nos países orientais com benefícios à saúde física e mental. Ela pode reduzir os níveis de stress e ansiedade, melhorar nossa imunidade, regular o sono, ajudar a nos conhecermos melhor e as nossas expectativas de vida. Também é eficaz para reduzir o consumo de drogas, álcool e fumo.
  Cada indivíduo pode realizar a meditação sozinho.  Para isto, torna-se necessário relaxar e desligar-se de seus pensamentos e voltar todas as atenções para a sua respiração, para um determinado som ou mantra. Sempre que perceber que sua atenção está se envolvendo com o seu pensamento, deve abandoná-lo. É o que chamamos de atenção relaxada.
  Há várias técnicas de relaxamento, muitas utilizam uma âncora ou foco de atenção particular. Por exemplo, um som pronunciado ou mantra ou ainda a respiração. Já a Atenção Plena refere ser importante a atenção a tudo que ocorre dentro e fora de nosso corpo num determinado momento.


  As áreas ativadas do cérebro variam de acordo com o exercício mental e a técnica. Por exemplo, quando estamos concentrados, a área frontal e do tálamo do cérebro estão ativadas (em vermelho na figura) e a parte posterior está inativa. Na meditação estão ativas as áreas frontal ou anterior e a posterior; e o tálamo está inativo (em azul).
  Técnicas como a Ioga, Qigong são exemplos de foco de atenção controlado.
  A atenção é focada num objeto de meditação como a nossa respiração, uma ideia, imagem, ou emoção. As ondas cerebrais registradas são as de concentração ou processamento cognitivo ativo.

  Na meditação Vipassana e no Zazen, presta-se uma atenção ativa a experiências sem julgamento. Observa-se uma ativação da área frontal como quando realizamos tarefas de memória ou de reflexão.
  Durante a meditação transcendental não há esforço mental, o que gera um descanso profundo. Isto porque não há uma tentativa de dirigir a atenção e não há processamento cognitivo controlado. A ativação da área cerebral é a frontal, associado a um estado de relaxamento.
  Métodos diferentes trazem diferentes benefícios. As técnicas de concentração são capazes de melhorar a atenção e as de atenção plena cortam o pensamento negativo cíclico. Já a meditação sem esforço mental aliviaria o stress.

  No início parece uma tarefa impossível, mas com o exercício diário, o nosso cérebro acaba se acostumando. O ideal é praticar de 15 a 20 minutos diários.
  A meditação pode estar vinculada à religião ou não, apenas como uma prática benéfica à saúde. O principal é libertar-se do preconceito. Preconceito e resistência existem no nosso país mesmo dentro da própria área médica. Muitas vezes o preconceito é fruto do medo do desconhecido. Esta resistência tem diminuído à medida que a técnica tem mostrado resultados terapêuticos em muitos centros de estudos reconhecidos. O Instituto Nacional de Saúde nos Estados Unidos é um deles.
  Resumindo, meditar traz a sensação não só de relaxamento, mas ajuda a controlar o foco de atenção, ainda, auxilia no auto-conhecimento.
  Pode ser usada para tratamento de diversas patologias como stress pós traumático, ansiedade, depressão, distúrbios do sono e alimentares, dores crônicas entre outros.
  Vale lembrar que nunca é tarde para começar a meditar. Na terceira idade, por exemplo, diminui a pressão sanguínea e a arteriosclerose, aumentando assim a longevidade. Melhora ainda as funções mentais dos idosos por aumentar a velocidade dos processos cognitivos, a inteligência e a criatividade.
Independente da técnica adotada,o importante é atingir os benefícios à saúde.

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